9:47, entrei em meu quarto e olhei para minha mesa, lá vi um livro que estava intocado por aproximadamente 7 meses... "Bilhões e Bilhões, Reflexões sobre vida e morte na virada do milênio" por Carl Sagan.
Bom, pra começar esse livro eu roubei peguei emprestado da biblioteca da escola em um dia de educação física... (em minha escola, a educação física é feita no turno oposto, se você estuda de manhã faz pela tarde, e se estuda de tarde faz pela manhã... quem estuda de noite faz de tarde!)
Era mais ou menos 8:15 quando peguei esse livro, a educação física começava lá pelas 8:30 e eu sempre chegava meia-hora antes... só que dessa vez eu tinha visto esse tal livro que vos falei... comecei a lê-lo e gostei muito, pois fala do espaço, ciências(mais sobre a física), meio ambiente, da vida, da morte, e etc... ou seja, meu tipo favorito de livro...
Recomendo pra quem está no Ensino Médio e e para mais velhos também! Mais novos podem ler também, mas quando falar de ondas de som e de luz não reclamem quando não entenderem!!!
Aqui vai um "Review" da VEJA sobre o livro:
Bilhões e Bilhões, do astrônomo americano Carl Sagan, tinha tudo para ser um livro caça-níqueis. O autor foi o segundo cientista mais popular do século, atrás apenas do físico Albert Einstein, e o livro com dezenove artigos, palestras e relatos foi lançado nos Estados Unidos logo depois da sua morte, em 1996. Mas Bilhões e Bilhões (Companhia das Letras; tradução de Rosaura Eichemberg; 265 páginas; 23,50 reais) é exatamente o contrário. Funciona como o testamento de Sagan, um dos raros cientistas que conseguiam escrever sobre temas complexos de forma simples, sem menosprezar a inteligência do leitor. Estão no livro alguns dos assuntos recorrentes da carreira do cientista, como a corrida armamentista, a destruição do meio ambiente e a possibilidade de vida em outros planetas. Também há artigos sobre o cotidiano, como a argumentação racional de Sagan em defesa do aborto até o sexto mês de gravidez, momento em que o feto começa a produzir ondas cerebrais diferentes das de um animal. Mas o mais surpreendente é o relato de Sagan sobre a própria morte.
Conhecido por causa da série de TV Cosmos, Sagan morreu de uma espécie rara de câncer no sangue. Em dois anos, ele passou por dois transplantes de medula, tratamentos de quimioterapia intensiva e várias internações. "Já encarei a morte seis vezes e aprendi muito com essas confrontações", escreveu um Sagan bem-humorado, semanas antes de morrer. "Na verdade, quase morrer é uma experiência tão positiva e construtora do caráter que a recomendaria a todos. Não fosse, é claro, o risco." Sagan escreve sem autopiedade sobre seu susto ao receber o diagnóstico da doença, a respeito da irmã que doou a medula e até sobre o conflito moral de estar se beneficiando de um tipo de cirurgia que só é possível por causa dos testes experimentais feitos com animais, técnica que sempre condenou. A única concessão ao sentimentalismo é o posfácio de autoria da mulher do astrônomo, a escritora Ann Druyan. Os dois se conheceram nos anos 70, quando Sagan foi convidado pela Nasa, a agência espacial americana, para preparar as mensagens que foram colocadas na nave espacial Voyager. São arquivos de som e imagem que apresentam a civilização da Terra a eventuais seres de outros planetas. Ann revela que incluiu no acervo da Voyager uma declaração apaixonada a Carl Sagan, na época ainda em seu primeiro casamento. Não se trata, porém, de um bilhetinho amoroso comum: a declaração foi codificada na forma de ondas cerebrais. Nada mais adequado para uma relação-cabeça.
(Revista VEJA - 03/06/1998)